terça-feira, 27 de novembro de 2012

I.3 tada drastuh svarupe avasthanam

Shiva, o grande mestre dos yogues. 

Então, aquele que vê reside em seu próprio e autêntico esplendor.

Quando as ondas da consciência estão domadas e silenciadas, deixam de distorcer a autêntica expressão da alma. Revelado em sua própria natureza, aquele que vê, testemunha luminosa, reside em sua própria grandeza.

Como a volição é o modo de expressão da mente, nossa percepção do estado e condição daquele que vê tende a se modificar a cada instante. Quando imobilizamos e regulamos a mente experimentamos um estado de ser reflexivo. Nesse estado, o conhecimento aparece com tanta claridade que podemos ver e sentir a autêntica grandeza daquele que vê. Uma vez realizada, a alma reside em sua própria morada.

Esse sutra nos leva a entender também que ao não estarmos situados em yoga, estaremos vivendo num estado ilusório (identificação, desejos, forma, corpo, etc.). Isso será descrito no sutra seguinte, que estudaremos amanhã.

*Observação: O termo técnico para descrever o "eu" (drastuh) é traduzido como "aquele que vê" ou "observador". Esse termo será utilizado em toda a extensão dos Yoga sutras, passando a ideia prática e simples do que é um "ser consciente", com ênfase no aspecto técnico necessário para a autorrealização.